sábado, 24 de fevereiro de 2007

Filhos migram para fugir da doença

O fato de uma família perder o chefe, um filho e uma adolescente num curto espaço de seis meses naquele fatídico 1987, levantou uma suspeita terrível para quem ainda permanecia na casa. Quem será o próximo? A doença não tinha cura e as notícias de mortes aumentavam nas colônias. O temor de novas mortes na família de Francesco foi tão grande que os filhos restantes, atordoados pelas três perdas sucessivas de familiares, passaram a pensar em migrar para novas terras.

Foi assim que, no final do século, depois de quitar o lote 153, Domenico, o filho mais velho, casado em 1993 com Assumpta Domênica Sebben, também natural da Itália, sabendo que se abriam novas colônias em Guaporé, mudou para a Linha 13, Marechal Deodoro, pertencente, hoje, a Serafina Corrêa. Valentino casou em 1994 com Ângela Brustolin também natural da Itália e mudou para o Travessão Sete Colônias em São Pedro da Alta Feliz onde junto com outras seis famílias de colonos italianos negociaram as terras altas vendidas por famílias alemãs que migraram para as baixadas de Roca Sales. Celeste, outro filho, casou com Carolina Menegazzi (vó Carlota) e mudou também para lote das Sete4 Colônias e depois para terra em Nova Milano, onde hoje é erguido um monumento à imigração.

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