A primeira providência que Francesco teve foi conseguir uma “scioppa”, uma espingarda para se defender das feras que se aproximavam à noite da habitação levando as galinhas, ovelha e atiçando o gado. A primeira arma, de um tiro só, era um luxo para Francesco, carregada depositando-se pólvora e chumbo pelo próprio cano. A criação tinha que ser permanentemente vigiada, pois o graxaim e outros animais selvagens seguidamente avançavam na proteína viva reservada no puleiro ou no potreiro do colono.
As pessoas têm dificuldade de entender porque os “gringos” que colonizaram a Serra Gaúcha apreciam tanto uma passarinhada com polenta. A ave, abundante no período da colonização, junto com os peixes e alguns animais silvestres como o papagaio, o tatu, o tamanduá, o porco de espinho serviam de proteína para o colono. Para alcança-los a destreza criou a espingarda. Por isso que, ainda hoje, na casa do colono há uma sciopa guardada em algum baú.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
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